Pagamento dos valores devidos pode somar R$ 112 mil
Os trabalhadores encontrados em condições desumanas no interior de Cacequi começam a receber os salários atrasados já nesta segunda-feira. De acordo com José Locatelli, auditor fiscal do Ministério do Trabalho em Santa Maria, as pessoas com os menores valores a ganhar terão prioridade no pagamento. O acerto de contas ocorre até quarta-feira, data que ficou definida após reunião nesta manhã em Cacequi. De acordo com cálculos do Ministério do Trabalho, o pagamento dos valores devidos pode somar R$ 112 mil.
— Os trabalhadores estão mais aliviados—disse Locatelli.
Oriundos de Alegrete, de Mato Grosso do Sul (MS) e do Paraguai, o grupo de 32 pessoas foi retirado do local na sexta-feira . Muitos viviam com as famílias, inclusive crianças, em plantações de eucalipto localizadas em um raio de 30 quilômetros do centro de município. As famílias de MS devem voltar para o Estado até quarta-feira. A situação dos paraguaios é mais delicada, devido à ausência de documentos.
O Ministério do Trabalho está considerando a situação dos trabalhadoes como de "redução à condição análoga a de escravo", crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Foram flagradas falta de condições de trabalho, falta de pagamento de salários e uma jornada de trabalho exaustiva. Por exemplo, enquanto havia luz do sol, homens e mulheres cortavam mato, o que totalizava até 15 horas de trabalho diário. A pena pode chegar à reclusão de dois a oito anos.
A força-tarefa que deflagrou o grupo contou com a atuação do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho, Polícial Federal e Brigada Militar.
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